Entenda o que é a indústria de transformação e os desafios atuais no país

Você já ouviu falar no termo indústria de transformação? Trata-se de uma nomenclatura utilizada para classificar os sistemas de produção que transformam um elemento em outro, ou seja, uma matéria-prima em um bem. Para isso, as indústrias possuem atividades de transformação física, química e biológica de materiais, substâncias e componentes para obtenção de novos produtos.

Os materiais transformados são insumos produzidos nas atividades agrícolas, florestais, de mineração, da pesca e produtos de outras atividades industriais. Alguns exemplos são as indústrias que transformam aço em máquinas e ferramentas, a fabricação de bens de consumo como automóveis e roupas, a produção de celulose para a produção de papel, a produção agroindustrial que transforma cana em açúcar, entre diversas outras atividades.

A indústria da transformação inclui tanto produtos em seu estado final como os que servem de base para a obtenção de outros produtos em uma outra empresa. Este é o caso da celulose, matéria-prima da indústria de papel, mas que pode ser insumo para outra indústria que produz cadernos ou livros. Assim, os produtos novos de uma indústria podem estar prontos para consumo ou semiacabados para serem usados como matéria-prima em outra empresa da indústria de transformação.

Mas qual a importância da indústria da transformação na economia brasileira? E como ela tem evoluído nos últimos anos? Confira o post a seguir e fique por dentro!

 

Atividades da indústria de transformação

As atividades da indústria de transformação são desenvolvidas em plantas industriais e produzem bens tangíveis (mercadorias), mas alguns serviços também podem ser incluídos, como no caso de serviços industriais:

  • Montagem de componentes de produtos industriais;

  • Instalação de máquinas e equipamentos;

  • Serviços de manutenção;

  • Serviços de reparação.

 

Por isso, é comum verificar que a fronteira entre a indústria de transformação e outras atividades nem sempre é clara. A regra é que as unidades da indústria manufatureira estejam envolvidas com a transformação de insumos e materiais em um produto novo.

Assim, por convenção, são consideradas atividade industriais:

  • Produtos alimentícios;

  • Bebidas;

  • Produtos têxteis;

  • Produtos de fumo;

  • Confecção de artigos do vestuário e acessórios;

  • Móveis;

  • Máquinas, aparelhos e materiais elétricos;

  • Máquinas e equipamentos;

  • Veículos automotores, carrocerias e autopeças;

  • Metalurgia;

  • Produtos de metal;

  • Equipamentos de informática;

  • Produtos eletrônicos e ópticos;

  • Produtos farmacoquímicos e farmacêuticos;

  • Produtos de borracha e de material plástico;

  • Produtos de minerais não-metálicos;

  • Coque, derivados do petróleo e biocombustíveis;

  • Produtos químicos;

  • Artefatos de couro;

  • Calçados;

  • Produtos de madeira;

  • Celulose, papel e produtos de papel; etc.

 

Panorama da indústria da transformação brasileira

A indústria de transformação brasileira é a nona maior do mundo, com participação de 1,8% no PIB industrial global, e está na 30ª colocação entre as maiores exportadoras de manufaturados, conforme informações da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Já segundo o Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), a participação da indústria de transformação no PIB declinou em 2017, chegando a 11,8%, percentual que era registrado em 1952. No entanto, em 2018 deu sinais de melhoria, com crescimento de 4,0% na indústria de transformação em relação ao mesmo período do ano anterior.

Em todo o mundo já se fala na quarta revolução industrial, mas o Brasil continua a exportar principalmente produtos agrícolas e importar bens de alto valor agregado (muitos dos quais já produzimos aqui). Enquanto produtos básicos como a soja, o milho e outras commodities respondem por 50% das nossas exportações, os produtos manufaturados são 83% de tudo que o país importa.

E o que explica esse processo?

 

Desafios da indústria brasileira

Segundo alguns especialistas, o Brasil pode estar passando por um processo de desindustrialização precoce. Em países como os Estados Unidos, este processo já ocorreu, mas não de forma precoce, e significou a redução da participação da indústria por uma participação maior dos setores de elevadíssimo valor agregado. Mas, no caso do Brasil, este processo está associado a um retrocesso, substituindo a indústria por exportação de produtos primários e uma área de serviços de baixíssima qualificação.

Alguns motivos para este processo de desindustrialização precoce vivido pelo país são: incapacidade da indústria nacional em acompanhar o avanço tecnológico, os juros e a taxa de câmbio alta, a transferência de plantas industriais e a financeirização da economia.

 

Mas o que fazer diante deste cenário?

Governo e empresas privadas precisam, com urgência, rever prioridades e reconstruir o setor. Significa convergência em ações para integração efetiva de indústrias e institutos de pesquisa públicos e privados.

É importante abrir a estrutura de produção às novas tecnologias (indústria 4.0), como por exemplo inteligência artificial, robótica avançada, internet das coisas, automação industrial, sistemas ciberfísicos, entre outros. Hoje se fala em uma planta industrial totalmente digital, com tecnologias que garantem automação industrial, otimização de processos, convergência de dados, redes de informação, gerando um novo modelo de produção.

A implantação do modelo 4.0 é visto como mudança cultural dos meios e formas de produção industrial. Para que vire realidade é preciso que seja liderada por gestores que entendam a importância desta transformação para a competitividade da empresa no futuro, que está cada vez mais próximo.

Além disso, é fundamental dar condições de competitividade aos produtos industrializados nacionais, investindo em medidas no campo tributário, para a redução da burocracia e etc.

Leia mais sobre a Indústria 4.0: a quarta revolução industrial!

 

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