Aqui nesse texto teremos uma base do que é realmente sustentabilidade e veremos de forma pontual o papel da automação de processos e como ela deve contribuir para um mundo mais sustentável.
Este termo, apesar de estar presente no nosso dia a dia há algum tempo, ainda gera dúvidas. De acordo com o dicionário Houaiss, sustentável é a “condição do que é planejado com base na utilização de recursos e na implantação de atividades industriais, de forma a não esgotar ou degradar os recursos naturais”.
Os recursos naturais são todos aqueles elementos da natureza utilizados pelo homem para atender às suas necessidades. Podem ser renováveis (como o vento, por exemplo), potencialmente renováveis (como a água e o solo) e limitados (como o petróleo).
Diante desta definição, fica claro o papel e a responsabilidade das indústrias em relação ao uso consciente dos recursos naturais, sejam eles renováveis ou não, e para o estabelecimento de ações que contribuam para o “desenvolvimento sustentável” da sociedade. Esta é a única forma de garantir um futuro melhor para as próximas gerações.
Para entender a interação entre o desenvolvimento sustentável e a indústria, é importante contar um pouco sobre a concepção deste conceito mundialmente.
Segundo pesquisadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), dos Estados Unidos, até 2100, a Terra poderá entrar em colapso por não suportar o crescimento populacional desordenado e os impactos do desenvolvimento da humanidade em relação a energia, a poluição, o saneamento, a saúde, o ambiente e a tecnologia.
Este relatório foi publicado em 1972, mesmo ano que a ONU (Organização das Nações Unidas) organizou a primeira conferência para tratar sobre o relacionamento humano e os impactos para o meio ambiente. Conhecida como Conferência de Estocolmo, foi um marco por ser a primeira ação efetivamente focada na busca por equilíbrio entre desenvolvimento econômico e a redução da degradação ambiental.
Em 1980, a IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) publicou o relatório "A Estratégia Global para a Conservação", onde se falou pela primeira vez sobre desenvolvimento sustentável. Mas foi em 1987 que se apontou ser incompatível os modelos de produção existentes até então e o avanço por um desenvolvimento sustentável. Como extraído do relatório de Brundtland, era preciso buscar "o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”.
Os processos de automação devem ser os meios pelos quais se atinge o desenvolvimento sustentável nas indústrias. Assim, é preciso colocar em prática medidas fundamentais para manter em pé as três variáveis do crescimento sustentável: social, econômico e ecológico.
A engenharia de automação ganha, assim, cada vez mais importância para equilibrar este tripé, por meio do investimento em tecnologias e recursos que automatizam os processos industriais, gerando diversos ganhos:
- Redução do consumo de insumos (água, energia, etc) por meio do desligamento automático dos equipamentos quando a planta está ociosa;
- Implantação de sistemas integrados para o gerenciamento de ativos;
- Maior controle de execução por meio de softwares que fornecem informações em tempo real para a tomada de decisões importantes para os negócios;
- Diminuição de paradas não programadas e falhas no controle de produção: proporcionando uma vida útil mais longa para os equipamentos e sistemas de controle;
- Aumento da capacidade produtiva e lucratividade com plantas que passam a ser melhor monitoradas e analisadas;
- Investimento em tecnologias que privilegiem o uso de fontes energéticas renováveis e a reciclagem de materiais reaproveitáveis.
Resumindo, isso se traduz em usar a tecnologia de automação de processos industriais a favor do meio ambiente e da sociedade, sem deixar de lado os ganhos financeiros.
A indústria precisa – e deve – investir na automação de processos para minimizar os impactos de suas atividades. A necessidade de promover melhorias nos processos industriais é fundamental e deve ser contínua, com a busca incessante pela atualização tecnológica dos sistemas de controles industriais, juntamente com a melhor produtividade e maior eficiência.
A automação industrial pode, por exemplo, minimizar a emissão de poluentes e evitar o desperdício de água. Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, as indústrias consomem cerca de 20% do total de água tratada no país. Neste sentido, é papel delas investir no reuso da água utilizada, deixando de consumir água tratada pelas companhias de saneamento. E isso pode ser feito por meio de um processo totalmente automatizado.
Assim, a tecnologia de automação é responsável por gerar novos conhecimentos e técnicas para o melhor aproveitamento dos recursos naturais, permitindo que a produção industrial tenha um consumo cada vez menor de insumos naturais, maior reciclagem de matérias-primas e maior eficiência nas linhas de produção.
Além disso, as empresas buscam, através das tecnologias de automação, aumentar sua competitividade no mercado. Hoje, ter o “selo verde da sustentabilidade” é mais que um bom negócio. Trata-se da consolidação entre os interesses da empresa e os ambientais, por meio da adoção de métodos e ferramentas de produção mais inteligentes. Este é o caminho!
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